O urânio é um elemento quimico que possui muita energia.Quando o núcleo é desintegrado,uma enorme quantidde de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes,a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo. Os acidentes em usinas nucleares,embora raros.representam um grande perigo .
Como todos sabemos, a energia nuclear é uma das alternativas energéticas mais debatidas no mundo: comenta-se, entre outros tópicos, se valerá a pena implementar centrais de produção nuclear ou se devemos apostar noutro tipo de energias que sejam renováveis, pois como sabemos a energia nuclear não é renovável, uma vez que a sua matéria-prima são elementos químicos, como o urânio, extraídos de minerais (no caso do urânio, um dos minerais utilizados é a autonite).
Vantagens:
. É um combustível mais
barato que muitos outros como por exemplo o petróleo, o consumo e a
procura ao petróleo fez com que o seu preço disparasse, fazendo assim,
com que o urânio se tornasse um recurso, comparativamente com o
petróleo, um recurso de baixo custo.
. É uma fonte mais
concentrada na geração de energia, uma pequeno pedaço de urânio pode
abastecer um cidade inteira, fazendo assim com que não sejam necessários
grandes investimentos no recurso.
. Não causa nenhum efeito
de estufa ou chuvas ácidas;
. É fácil de transportar
como novo combustível;
. Tem uma base científica
extensiva para todo o ciclo.
. É uma fonte de energia
segura, visto que até a data só existiram dois acidentes mortais.
. Permite reduzir o défice
comercial.
. Permite aumentar a
competitividade.
Desvantagens:
. Ser uma energia não
renovável, como referido anteriormente, torna-se uma das desvantagens,
visto que o recurso utilizado para produzir este tipo de energia se
esgotará futuramente.
. As elevadas temperaturas
da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica pois esta é
lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e
interferindo com o equilíbrio destas mesmas.
. O risco de acidente,
visto que qualquer falha humana, ou técnica poderá causar uma catástrofe
sem retorno, mas actualmente já existem sistemas de segurança bastante
elevados, de modo a tentar minimizar e evitar que estas falhas existam,
quer por parte humana, quer por parte técnica.
. A formação de resíduos
nucleares perigosos e a emissão causal de radiações causam a poluição
radioactiva, os resíduos são um dos principais inconvenientes desta
energia, visto que actualmente não existem planos para estes resíduos,
quer de baixo ou alto nível de radioactividade, estes podem ter uma vida
até 300 anos após serem produzidos podendo assim prejudicar as gerações
vindouras.
. Pode ser utilizada para
fiz bélicos, para a construção de armas nucleares, está foi uma das
primeiras utilizações da energia nuclear, os fins bélicos são a grande
preocupação nível mundial, porque projectos nucleares como o do Irão,
que ameaçam a estabilidade económica e social.
. Ser uma energia cara,
visto que tanto o investimento inicial, como posteriormente a
manutenção das energias nucleares são de elevados custos, até mesmo o
recurso minério, visto que existem países que não o possuem, ou não em
grande abundância, tendo assim, que comprar ao estrangeiro.
. Os seus efeitos, visto
que na existência de um acidentes, as consequências deste iram fazer-se
sentir durante vários anos, visto que a radioactividade continuará a ser
libertada durante vários anos.
Recurso Energético utilizado :
Existem dois tipos de recursos energéticos utilizados para produzir energia nuclear, o urânio e o Tório, dois mineiros radioactivos, embora seja o urânio o mais utilizado e conhecido, devido as reservas de urânio serem abundantes, o que não se põe em causa o seu esgotamento a curto – médio prazo. O urânio é utilizado como combustível nos reactores nucleares, sob a forma de óxido, de liga metálica, ou ainda, de carboneto.
Certos reactores utilizam o urânio natural, mas a grande maioria, como o caso dos reactores moderados e arrefecidos com água normal, que equipam mais de dois terços das centrais nucleares usam como combustível, o urânio enriquecido.
O urânio é um elemento químico de símbolo U e de massa igual a 238 (92 protões e 146 neutrões). O urânio quando se encontra á temperatura ambiente encontra-se no estado sólido, este foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade da radioactividade, foi descoberto em 1978.
A mais importante aplicação do urânio é a energética.
Principais Produtores e consumidores de Urânio :
Fissão Nuclear
A fissão nuclear é o
processo de quebra de núcleos atómicos grandes em núcleos atómicos
menores, libertando assim uma grande quantidade de energia. Esta fissão
nuclear ocorre através do bombardeamento do núcleo atómico pesado e
instável com neutrões, esta fissão raramente ocorre de forma espontânea
na natureza. Este processo, em reacção em cadeia, tem de ser realizado
de forma controlada em condições de segurança absoluta, pois caso
contrário pode provocar terríveis acidentes libertando altos níveis de
radiactividade, este processo deve ser realizado no reactor nuclear,
que é uma peça fundamental numa central nuclear.
. O urânio – 235, por
exemplo, ao ser bombardeado com neutrões, reparte-se em dois núcleos
atómicos mais pequenos.
Funcionamento de
centrais Nucleares
O grande objectivo das
centrais nucleares é controlar as reacções nucleares em cadeia de modo a
que a energia seja libertada de forma gradual sob a forma de calor. Tal
como nas centrais que usam combustíveis fosseis, o calor é usado para
ferver água de modo a produzir vapor, que por sua vez irá fazer
funcionar uma turbina, conseguindo assim gerar energia eléctrica.
Funcionamento de um reactor
Nuclear:
Combustível
Num reactor nuclear são
combinados o combustível e o emprego de um material moderador. Por
norma, o urânio serve de combustível com o conteúdo de 3% de urânio –
235, quase sempre sobre a forma de dióxido de urânio, que posteriormente
é prensado em forma de grandes pastilhas que posteriormente são
introduzidos em grandes tubos, com vários metros de comprimento,
fabricados com ligas especiais.
Tubos
Os tubos têm como função
evitar que os produtos que resultam da combustão do urânio, parte
gasosos e altamente radioactivos, contaminem o interior do reactor.
Estes resíduos não podem chegar ao liquido refrigerante do reactor, pois
caso estes alcancem o líquido refrigerador e haja um fuga destes mesmos
líquidos irá haver um grave contaminação do ambiente
Material Moderador
O material moderador
durante a reacção com o urânio – 235 liberta elevadas quantidades de
neutrões, este enorme fluxo chega ao moderador que rodeia os módulos de
combustível ou até que está misturado em parte com este, reduzindo-o, e
controlando a reacção.
Os moderadores líquidos
têm uma função de grande importância, devido á sua acção como meio
refrigerante. Este tipo de moderadores não só absorvem a energia térmica
libertada pelo abrandamento dos neutrões, mas também arrefece os módulos
de combustível aquecidos durante a reacção.
Barras de controlo
As barras de controlo que
são introduzidas no núcleo do reactor, compostas de um material que
absorve parte dos neutrões libertados durante a reacção em cadeia. Ao
retirar e ao introduzir estas barras de controlo consegue-se regular as
flutuações no desenvolvimento da reacção, e existe a possibilidade de se
conseguir que os módulos de combustível sejam utilizados de forma
uniforme. A principal, e sem duvida a mais importante função das barras
de controlo é a de fazer cessar as reacções nucleares em cadeia em caso
de existência de perigo.
No núcleo do reactor
nuclear estão presentes o combustível nuclear e as barras de controlo
Tecnologia dos reactores
nucleares
Os reactores nucleares
servem, principalmente, para gerar elevadas quantidades de energia
térmica, por isso não são utilizados para a produção de energia
eléctrica. Visto que nem toda a energia térmica consegue ser
transformada em energia eléctrica, as centrais nucleares mais avançadas,
atingem um rendimento de apenas 35%. A restante energia térmica
compõe-se de calor residual que não é aproveitado para gerar vapor
propulsor, e que é condensado nas torres de refrigeração
Principais tipos de reactores:
Existem três tipos de
reactores nucleares:
Reactores de água
Normal
Os reactores de água
normal, que são os de uso mais frequente, funcionam com urânio
ligeiramente enriquecido e água normal, aqui funcionando como moderador.
Reactores de altas
temperaturas:
Os reactores de altas
temperaturas são utilizados principalmente pelo Reino Unido, que está
entre os sistemas mais avançados, este género de reactores oferecem
vantagens em relação aos reactores de água normal, visto que usa um gás
como meio refrigerante, hélio.
Reactores
Reprodutores:
Os reactores reprodutores
são de interesse de todos os estados com importantes instalações
nucleares, e o seu desenvolvimento, visto que só com este tipo de
reactores é possível aproveitar as limitadas existências de urânio na
Terra.
Controlar os riscos de
funcionamento de um reactor:
Os componentes de um
reactor nuclear, o combustível, o moderador, o meio refrigerante e as
barras de controlo, todos eles se encontram instalados dentro de um
grande contentor sob pressão. Contentores fabricados com aço, cimento
pré – esforçado e rodeados com várias envolturas, nestes contentores as
exigências são extremamente elevadas, a impermeabilidade e a
estabilidade das camadas envolventes, a fim de garantir um baixo risco
de acontecer um acidente, e de modo a que não haja fuga de
radioactividade.
Central Nuclear
pressurizada.
As varias gerações de
reactores nucleares
. A 1º geração -
corresponde ao primeiro reactores industriais, utilizados e construídos
nos anos 60.
. A 2º geração – são os
que, normalmente, estão hoje em dia em actividade.
. A 3º geração – são uma
evolução tecnologia dos reactores de 2º geração, que hoje em dia já se
encontram disponíveis no mercado, mas só as centrais de alta tecnologia,
modernas e mais recentes os possuem.
. A 4º geração - estes
reactores ainda estão es estado de protótipo, são reactores que tentam
aplicar novos conceitos.
Resíduos Nucleares
Cada central Nuclear
converte, através de fissão nuclear, barras de urânio em resíduos
nucleares altamente radioactivos, por este motivo têm de ser protegidos
e armazenados de forma segura fora do alcance de pessoas, animais e
plantas durante centenas de milhares de anos.
Há cerca de 50 anos que
existem centrais nucleares em actividade, no entanto, até hoje não se
sabe como se deve armazenar os resíduos nucleares e o que fazer com
eles. Não existe em qualquer parte do mundo um método para uma
eliminação segura dos resíduos nucleares.
Enquanto um reactor
nuclear esta em funcionamento, algum do urânio é convertido noutros
materiais, que se vão depositando nos elementos combustíveis. O
combustível perde a sua eficiência na produção de calor, tornando-se
assim necessária a sua substituição.
O combustível usado é
removido do reactor, arrefecido em água e sujeito a um reprocessamento,
onde se geram três grupos de materiais:
. Urânio, que irá
novamente servir de combustível.
. Plutónio, utilizado
também como combustível e em alguns casos é também utilizado como
material de armamento.
. Lixo nuclear.
Tipos de lixo nuclear:
Lixo de alto Nivel
O lixo de alto nível são
os resíduos que contem produtos gerados durante o processo de fissão,
com altos níveis de radioactividade. A radioactividade libertada por
este resíduo degenera-se com relativa rapidez no início, embora continue
perigoso durante milhares de anos devido ao seu conteúdo actinídeo, os
materiais actinídeos possuem uma radioactividade de baixa intensidade,
mas possuem uma vida muito longa.
Lixo de nível
intermédio:
O lixo de nível intermédio
é produzido em variados processos que envolvem matérias radioactivas,
embora apresentem menos perigo que os resíduos de alto nível.
Lixo de baixo nível:
Este tipo de lixo de baixo
nível é produzido por hospitais, laboratórios, indústrias e centrais
nucleares, devem ser manuseados com alguma precaução.
A descarga destes tipos de
resíduos radioactivos no ambiente é bastante perigosa, visto que pode
causar danos quer para o Homem, quer para as restantes espécies e
ecossistema.
Impacto Ambiental da
energia Nuclear
Desde que foi descoberta a
radioactividade, que os cientistas de todo o mundo se debruçam cada vez
mais em formas de evitar acidentes e prejuízos para a saúde, o que
ocorre com frequência nas fases iniciais de investigações. É de
conhecimento e consciência geral o perigo que podem causar exposições a
radiações radioactivas, mas de conhecimento de poucos que esta exposição
e natural, que faz parte do nosso quotidiano, e que possuímos defesas
naturais no nosso sistema imunitário, mas que também tem limites.
Efeitos das radiações
Nos seres vivos os efeitos
causados pela exposição a radioactividade manifestam-se a dois níveis:
. Nível somático, cuja
expressão máxima é a morte.
. Nível genético, que é
responsável pelo aumento de mutações, podendo assim originar aberrações
genéticas nas gerações posteriores.
Estes efeitos dependem da
natureza da radiação, do seu tempo de vida, da intensidade e dos órgãos
onde esta é acumulada, e tal como varia os efeitos, também varia a sua
capacidade de penetração nos tecidos.
Os neutrões e os raios
gama são os que mais facilmente alcançam o interior do organismo, e são
estes que são libertados em explosões nucleares ou em acidente nos
reactores.
Existem partículas que só
se tornam prejudiciais se entrarem directamente no organismo,
normalmente por via da alimentação ou pelo ar que respiramos. Quando uma
radiação incide num tecido biológico, altera as características químicas
das moléculas destes, que ou matam a célula ou originam divisões nesta
não controláveis. No primeiro caso o organismo elimina e substitui as
células mortas, mas no segundo caso na maioria dos casos acaba por se
gerar tumores malignos. Devido a estas reacções é que e tão perigoso e
temido os acidentes nucleares.
O pó radioactivo que por
vezes e extremamente fino pode com facilidade introduzir-se no organismo
e aí ficar acumulado.
Protecção contra radiações
A tabela que se segue foi
feita através de estudos e investigações feitos em animais, e nas
vitimas sobreviventes de Hiroxima e Nagasaki, e em pessoas expostas a
radiações nucleares. O objectivo é perceber a relação entre as doses de
radiação recebidas (exposição distribuída uniformemente em todo o
organismo) e os efeitos das mesmas no organismo humano.
Radioactividade
|
Efeitos no
organismo Humano
|
Até 250 msv
|
Lesões cutâneas de recuperação total possível
|
250 a 1000 msv
|
“Doença da radiação”: anemia por
lesões da medula óssea;
Alterações
nos glóbulos brancos, aumentando o risco de infecções;
Hemorragias
por perda da capacidade de coagulação
lesões na mucosa do estômago e
dos intestinos, com vómitos, diarreia, debilidade e úlceras;
|
1 a 4 sv
|
Dose semi-letal: doença grave por radiação,
mortal em 50 % dos casos, por destruição da medula, lesões
encefálicas e cardiovasculares, e hemorragias internas
espontâneas.
|
5 a 30 sv
|
Dose letal: danos graves no
sistema nervoso, morte certa no prazo de 3 dias.
|
Tabela – Relação entre as
doses de radiação e o seu efeito
no organismo humano
Energia Nuclear em
Portugal
Em Portugal, actualmente,
não se produz energia nuclear, nem possuímos projectos governamentais
para que Portugal inicie a sua produção a curto prazo. Com a elevada
procura pelo minério, urânio, Portugal está a ser foco de alguns estudos
por parte de empresas internacionais, visto que, actualmente, a produção
nacional de urânio nas minas da Urgeiriça destina-se, na sua totalidade,
á exportação, dado que o país não possuí centrais nucleares.
Distribuição do urânio
por Portugal Continental
Postado por Nicolas Cunha